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Origem das Camélias

                               A designação atribuída a estas flores, originárias do Sul da China, deve-se a Karl von Linné ( - Botânico / Físico do século XVIII ) - que as registou com o nome latino de Camellia .  Karl von Linné quis desta forma homenagear o padre jesuíta Joseph Kamel, naturalista e botânico do século XVII, que viveu nas Filipinas (1688/1706) onde faleceu e que a si próprio se apelidava de "Pater Camellus".

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   Karl von Linné

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O cultivo da Camellia na China é milenar e no século VI  já era uma realidade a comercialização destas flores com o Japão.

A Lenda do Chá

(Vídeo)

Camellia - Um pouco da sua história

(Vídeo)

Outros acontecimentos:

Em 1712 Kaempfer, médico e naturalista, publicou uma obra sobre plantas que observou e registou ao percorrer o Japão:

"Exoticarium Amoentatum"

 

Contém a ilustração de uma "Tsubaki" (camélia) e faz referência a 23 variedades.

O Chá da Camélia Sinensis é descrito nesta obra.

Século  XVII

O chá já era conhecido na Inglaterra como planta medicinal. O tradicional "Chá das Cinco", introduzido na Corte Inglesa deve-se a D. Ctatarina de Bragança.

A 16 de Dezembro de 1773, no porto da cidade de Boston, um grupo de colonos revoltosos disfarçados de índios entrataram nos navios da Companhia das Índias  e deitaram ao mar toda a carga de chá.

Esta revolta dos colonos britânicos, nos Estados Unidos da América, deu início à luta pela sua independência.

Porto de Boston. A rvolta dos colonos em 1783

A Camélia branca foi símbolo da resistência dos escravos no Brasil. A comunidade do Quilombo do Leblon, situda nos arredores do Rio de Janeiro, cultivava camélias brancas. Esta comunidade era apoiada, na sua luta pela abolição da escravatura,  pela Princesa Isabel, filha de D. Pedro Imperador do Brasil.

A mesa de trabalho da Princesa era decorada com camélias, assim como a sua Capela particular. A 13  de Maio de 1888 foi assinada a Lei Áurea. No ato da assinatura a Princesa Isabel utilizou uma pena de ouro, oferecida pelos escravos, como reconhecimento por lhes ter dado apoio financeiro e protecção.

Ex-escravos prestam homenagem à Princesa Isabel colocando Camélias Brancas.

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